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Como cuidar do olho seco




Sensação de areia nos olhos, piscadas constantes, incômodo. Quem já sentiu isso sabe bem o quanto a sensação é ruim. Quando isso não é um incômodo momentâneo, mas sim algo frequente e duradouro, se transforma em um problema capaz de impactar a rotina e prejudicar a realização de atividades do dia a dia.


Pensar em olho seco passa necessariamente por pensar em lágrima. Mas, afinal de contas, para que servem as lágrimas?

• Lubrificar a superfície dos olhos

• Permitir que o ato de piscar aconteça sem incômodo

• Limpar as estruturas oculares

• Proteger os olhos de infecções

• Contribuir para a nitidez da visão

• Nutrir e proteger os tecidos oculares


Ao contrário do que muita gente pensa, a lágrima não é água: ela é uma mistura de proteínas, eletrólitos, fatores de crescimento e hormônios. Mas não existe nada no mercado que seja igual à lágrima: o que existem são lubrificantes oculares, mas esses colírios não são lágrimas artificiais.


Será que todos os pacientes que têm olho seco apresentam o mesmo problema? Você vai descobrir que não.


O olho seco pode ocorrer como consequência da redução da produção de lágrimas, seja em função do envelhecimento natural, seja em função do uso de alguns tipos de medicamentos, ou ainda em consequência de algumas doenças que afetam as glândulas lacrimais, responsáveis pela produção das lágrimas, como a Síndrome de Sjögren.


Também pode ocorrer o olho seco em função da alteração da composição da lágrima, e não de seu volume. Isso acontece principalmente em pacientes que apresentam uma inflamação na pálpebra, chamada de blefarite, uma vez que a quantidade de lágrima é normal, mas a qualidade é ruim.


Existe uma outra situação na qual a qualidade da lágrima é boa, mas a pessoa perde a capacidade natural de aumentar o lacrimejamento quando é necessário (chamado de reflexo de defesa). Isso acontece com diabéticos, pacientes que tiverem herpes ocular ou hanseníase, por exemplo.


Também vemos olho seco em pessoas que têm algum tipo de paralisia facial, e que têm alguma dificuldade para piscar (com isso, a lágrima se evapora rapidamente).


O tipo de olho seco mais popular é o chamado ambiental ou ocupacional, que surge em função do número de horas que se passa à frente do computador trabalhando, estudando ou jogando, ou pela permanência prolongada em locais com ar-condicionado. Apesar da produção normal de lágrimas e de sua qualidade, as condições ambientais fazem com que as lágrimas evaporem rapidamente e não consigam exercer seu papel.


As opções de tratamento são muitas, mas o que normalmente vem à cabeça das pessoas são os lubrificantes oculares. Alguns pacientes perguntam se podem chegar à farmácia e escolher um lubrificante ou mesmo seguir a orientação do balconista. A resposta é não! Os colírios lubrificantes não são todos iguais. Eles têm fórmulas e indicações diferentes, de acordo com o tipo de olho seco, conforme vimos aqui. A indicação deve ser feita pelo médico oftalmologista.


Além dos lubrificantes, há outros tratamentos para o olho seco, como a oclusão do ponto lacrimal, um procedimento no qual o médico oftalmologista tampa o ponto lacrimal, para reter a umidade da lágrima sobre o olho.


Apesar de incomodar bastante e prejudicar a qualidade de vida do paciente, a maioria dos casos de olho seco não é grave, nem leva à cegueira. O olho seco pode causar desconfortos. Ao sentir qualquer um dos sintomas descritos, é importante consultar um médico oftalmologista para que o colírio correto seja prescrito e haja o alívio dos sintomas. Evite utilizar o colírio de outras pessoas, ou até mesmo comprar por indicação. O diagnóstico do olho seco acontece durante a consulta com o médico oftalmologista, que por meio de exames específicos pode identificar o problema e indicar o tratamento. Cuide da sua saúde ocular!


Fonte: Revista Veja Bem, Ed. 27, Pag. 28

Responsável Técnico: Dr. Daniel Nogueira CRM-MS 5728 / RQE Nº 3333

(67) 3033-9292

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