
A novidade que veio dos Estados Unidos, há três anos, é realizada na conjuntiva e na esclera com o objetivo de mudar a cor dos olhos. Mas as consequências podem ser desastrosas! Especialistas apontam riscos para a saúde ocular, como uveítes (inflamação interna), e até a perda da visão.
A tatuagem no globo ocular não pode ser confundida com a tatuagem na córnea. Cientificamente chamada de ceratopigmentação, ou tatuagem do estroma corneano, é um procedimento realizado para tratar paciente com lesões na córnea (quando a córnea fica esbranquiçada), com irregularidade de superfície e que não tolera lentes de contato. O procedimento é realizado quando há perda total da visão e existe o desejo de melhora estética. O oftalmologista aplica o pigmento pela micropunção estromal (na camada mais espessa da córnea). Segundo artigos publicados, a técnica da tatuagem, junto com o transplante lamelar da córnea, é considerada um bom método para o tratamento estético do leucoma central com irregularidade da superfície corneana.
Outra forma de modificar a ação individual da natureza é descolorindo a íris para que os olhos fiquem azuis. O método consiste na destruição das camadas de pigmento que formam a cor dos olhos, dando um aspecto azulado. Segundo especialistas, o procedimento é muito perigoso, pois pode causar danos à saúde ocular:
• Cegueira: o laser remove a melanina, sendo assim, os olhos ficam sem proteção contra radiação solar, podendo causar sérias complicações.
• Glaucoma: resíduos do pigmento destruído pelo laser ficam nos olhos, causando obstrução dos vasos sanguíneos aumentando a pressão ocular, causa do glaucoma.
• Catarata: o procedimento afina a íris, expondo o cristalino e, desta forma, aumentando a entrada de luz na vista. O excesso de radiação ultravioleta predispõe à catarata precoce.
Algumas pessoas, principalmente as mulheres, têm grande dificuldade em aparecer em público sem uma produção (maquiagem, cabeleireiro etc.). Estar sempre impecável é o desejo de muitos. Para pôr fim a esta questão, muitos optam pela técnica da maquiagem definitiva, que pode ser feita na região dos olhos (pálpebras) e na sobrancelha, substituindo o uso da maquiagem. Trata-se de um método de pigmentação, simulando o efeito de um delineador ou lápis. É considerada uma tatuagem, realizada de forma superficial, mas que pode oferecer riscos à área dos olhos. A pálpebra é constituída de uma pele fina, com muitos vasos sanguíneos, além da proximidade do vaso lacrimal. Por se tratar de um procedimento invasivo, há necessidade de cuidados para que não haja contaminação do material a ser usado e contra infecções. Além disso, o método não é realizado por um médico, mas em salões de beleza ou locais onde se faz tatuagem. Por isso, o oftalmologista deve ser consultado antes da intervenção. Segundo a literatura científica, o procedimento pode causar hepatite B, inversão dos cílios – causadores de lesões oculares sérias –, inflamação das glândulas de Meibomio, sensação de secura nos olhos, ceratite, queda nos cílios, além de alergias.
Para os que estão insatisfeitos com a aparência dos cílios, o mercado oferece opções de mudança, seja colocação de cílios postiços, alongamento ou uma solução de uso tópico, que alonga e dá volume aos cílios. Mas a beleza dos olhos pode ficar comprometida com os efeitos colaterais desses produtos. No caso daquele que promete crescimento, por exemplo, o efeito colateral é o escurecimento da pele ao redor dos olhos, ou a mudança da cor da a íris para marrom. Aumentar o volume dos cílios ou alongá-los pode irritar a área dos olhos ou causar alergias. Antes de qualquer procedimento, por mais que pareça inofensivo, é importante a avaliação médica especializada.
Fonte: Revista Veja Bem - Edição: 02, pg 09
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