O glaucoma e a baixa visão
No Brasil, dados do IBGE de 2010 apontam que mais de 45 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência – motora, visual, auditiva, intelectual ou mental –, dessas, 6 milhões têm baixa visão, e mais de 580 mil são incapazes de enxergar. Segundo consideração da Organização Mundial de Saúde (OMS), é considerado deficiente visual quem é privado em parte ou totalmente da capacidade de ver.
A avaliação deve ser realizada com a correção óptica necessária – miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia – com uso de óculos ou lentes de contato. Já a baixa visão é definida como o comprometimento do funcionamento dos olhos mas este indivíduo ainda assim é capaz de realizar tarefas usando a visão, de forma planejada.
Uma pessoa que tem visão subnormal apresenta 20%, ou menos, do que é chamado de visão normal. O problema pode existir conjuntamente com uma alteração de campo visual, quando a visão parece estar acontecendo dentro de um tubo (ausência ou diminuição da visão periférica) ou com uma mancha escura no centro da visão (ausência ou diminuição da visão central).
Os indícios de que uma pessoa tem deficiência visual são:
- Constante irritação ocular;
- Excessiva aproximação do objeto junto ao rosto, comum quando é preciso ler ou escrever;
- Apertar os olhos para enxergar melhor;
- Inclinação da cabeça para enxergar melhor;
- Dificuldade de enxergar pequenos obstáculos no chão;
- Olho constantemente trêmulo;
- Estrabismo;
- Dificuldade de enxergar em ambientes pouco iluminados.
Os cuidados com o glaucoma durante a vida
O glaucoma é uma doença crônica que, SE NÃO TRATADA CORRETAMENTE, pode levar à cegueira irreversível. Além do diagnóstico precoce, é importante observar alguns cuidados que devem fazer parte do dia a dia do paciente.
O acompanhamento da doença em consultas de rotina com um médico oftalmologista deve acontecer, pelo menos, uma vez ao ano. Os cuidados incluem também pessoas com fatores de risco como histórico familiar, afrodescendentes, pessoas com idade acima de 40 anos e que apresentem o quadro de miopia. Ter sempre em mente que quanto mais cedo for identificada a doença, menores serão os danos causados à visão.
A pressão intraocular elevada é o principal fator de risco para o glaucoma. E, no tratamento da doença, é o único fator que pode ser modificado. Ela precisa ser mantida baixa para evitar a progressão da doença. O procedimento cirúrgico é indicado para os casos em que a pressão intraocular não é controlada adequadamente com o uso de colírios. As opções de cirurgia são com laser (trabeculoplastia) ou a forma tradicional (trabeculectomia).
É preciso que o paciente de doença crônica se adapte a alguns cuidados, além da mudança de posturas e hábitos em prol do controle da doença.
Fonte: Revista Veja Bem - Edição: 13
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